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Instituto Alok lança coleção com artistas indígenas para preservar línguas originárias por meio da música

Para celebrar o Dia Internacional dos Povos Indígenas, em 9 de agosto, o Instituto Alok lançou a Coleção SOM NATIVO, um projeto composto por oito álbuns que trazem cantos nativos de diferentes etnias brasileiras. A iniciativa busca amplificar as vozes dos povos originários, preservar suas línguas e destacar a riqueza musical de suas culturas.

A coleção é fruto de uma colaboração direta com artistas indígenas e não conta com interferência criativa de Alok. “Não participo como produtor musical nesses álbuns, são para o público desfrutar das tonalidades originais desses artistas incríveis”, explica o DJ e idealizador do projeto. As faixas foram gravadas em suas formas mais autênticas, respeitando os arranjos e a vivência de cada povo.

O lançamento ocorreu em Paris, na sede da UNESCO, com a presença de Alok e do músico Mapu Huni Kuin. A coleção é parte da contribuição do Instituto Alok à Década Internacional das Línguas Indígenas (2022–2032), reconhecendo a música como ferramenta essencial para a preservação de idiomas ameaçados de extinção.

As músicas foram gravadas em idiomas originários por artistas das etnias Guarani Kaiowá, Kariri Xocó, Huni Kuin, Yawanawa, Guarani Mbyá, Kaingang e Guarani Nhandewa. Os álbuns retratam temas como o cotidiano nas aldeias, a conexão com a natureza e a resistência ancestral. As letras estão disponíveis no site do Instituto Alok, traduzidas para português, inglês e espanhol.

“Minha intenção era que a gravação fosse a mais fiel possível à experiência original, desde os cantos até o som dos pés no chão”, conta Jones, produtor musical do projeto. Já para Tashka Yawanawa, líder indígena, a gravação representa a continuidade do conhecimento tradicional. “Nós povos amazônicos não temos escrita. As músicas gravadas vêm assegurar a continuidade de nossos conhecimentos e valorizar nossas tradições.”

Entre os destaques da coleção está o álbum “Retomada”, do grupo Brô MC’s, conhecido por unir rap e identidade indígena. “Nosso álbum é a nossa voz, nossa palavra. Escutem a nossa origem, escutem a nossa canção”, afirma Clemerson, integrante do grupo. A coleção também inclui “O Futuro é Ancestral”, indicado ao Grammy Latino, e reforça a inserção de artistas indígenas na indústria fonográfica.

A Coleção SOM NATIVO é uma realização do Instituto Alok, com direção de Devam Bhaskar, produção musical de Jones, produção executiva de Elke Mosca e Fernanda Padrão e distribuição da Altafonte. As capas foram criadas por Bruno Machado, Diego Neves e Eduardo Ribeiro. Toda a monetização das obras será revertida aos artistas indígenas participantes.

Ouça a Coleção SOM NATIVO nas plataformas de streaming e conheça a música originária de diferentes povos do Brasil.

Fonte e fotos: Instituto Alok

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