O Paramore e a vocalista Hayley Williams aderiram ao movimento internacional No Music for Genocide, que organiza o boicote cultural a Israel. O objetivo é protestar contra a guerra em Gaza e denunciar as políticas de ocupação nos territórios palestinos.
Mais de 400 artistas e selos já participam da campanha. Eles retiraram músicas ou aplicaram bloqueios em Israel. Segundo o movimento, a ação responde ao genocídio em Gaza, à limpeza étnica na Cisjordânia e ao apartheid dentro de Israel. Além disso, denuncia a repressão contra iniciativas pró-Palestina em vários países e os vínculos da indústria musical com empresas de armamentos.
O projeto apresenta essa medida como um passo concreto para atender aos pedidos do povo palestino. A estratégia busca isolar Israel no cenário cultural e político. O grupo lembra que boicotes semelhantes ajudaram a derrubar o regime do apartheid na África do Sul.
No entanto, os organizadores destacam uma diferença importante. Poucos meses após a invasão da Ucrânia, grandes gravadoras retiraram catálogos da Rússia e suspenderam operações. Em contraste, quase nenhuma medida foi tomada contra Israel, mesmo após décadas de ocupação ilegal e meses de intensificação da guerra em Gaza.
A entrada do Paramore dá mais visibilidade ao movimento. A banda é um dos nomes mais influentes do rock alternativo das últimas duas décadas. Por isso, sua adesão pode incentivar outros artistas do mainstream a seguir o mesmo caminho.
O No Music for Genocide se apresenta como uma campanha aberta a qualquer músico ou selo. O movimento acredita que a cultura tem poder de denúncia. Quando unida, pode pressionar governos e corporações e se tornar um ato coletivo de resistência.
Fonte: No Music for Genocide | Fotos: Divulgação
